Juro

Quase não reconheço as paredes inacabadas que deixei aqui. Verdade seja dita que não senti vontade de as terminar. Não senti vontade de voltar a escrever-te, porque escrever-te implica apaixonar-me cada vez mais por ti, e neste momento, já me basta saber que te amo. Mas não queria, juro. Não queria voltar a deixar sair este bichinho da escrita que tem o teu nome e insiste em pintar-nos de cores felizes e formas bonitas. Nós não somos isso, já me mentalizei que assim o é. Deixamos de o ser, a partir do momento em que eu deixei de ter vontade de te escrever. Não, hoje não é uma excepção. Apenas estou aqui, porque estava às voltas na cama e lembrei-me que havia um capitulo que precisava de ser terminado. Não aqui, na escrita. Mas na minha vida. Esse capitulo tem o teu nome, e o que está lá dentro é um mistério que envolve todo o processo de me desapaixonar por ti. Sei que não é impossível, já me disseram. É isso o que mais custa; perceber até que ponto é que devo ou não dar mais de mim, porque haverá certamente uma altura em que receio já não ter mais nada para dar. Eu não tenho, juro. Mas também não sei chegar ao ponto de te deixar ir, sem te pedir que fiques. Controverso não? Não querer lutar para que fiques, mas também já não ter voz nem força para te chamar. É isso que me confunde e me faz dar voltas na cama quando o sono insiste em não chegar. Às vezes ainda te sonho, não connosco mas contigo. Apareces como não quer a coisa, como se fosses dono dos meus sonhos e principalmente daqueles que tornamos nossos. E eu continuo a deixar-te ficar, sempre noite após noite, porque ainda não descobri forma mais bonita de adormecer que não a ver-te. Mas eu não quero, juro. E depois é todo este processo entre o não querer e o não dever, que me faz dar voltas e mais voltas sem me deixar descansar de ti. Sem que o teu nome ainda me faça pensar em sermos algo, algo nosso, algo bonito. E com isto, não quero dizer que te voltei a escrever. Mas certamente sei que fiquei mais apaixonada por ti, mais que não seja por afastar todos os pesadelos, e sobrepor qualidades que nem sequer sabes que tens. E isso, apaixona-me. E eu não queria, juro.

Parabéns

9/24
Boa já aqui chegaste.
O Rodrigo é meu namorado há 3 anos. Durante estes três anos, eu aprendi muita coisa. Aprendi a admirar um companheiro, um filho, um namorado e um amigo, tudo isso numa pessoa só. Ele é extremamente protector, ele carrega-me às costas e cuida de mim em todos os momentos, sejam eles grandes ou pequenos, maus ou bons. Ele ensinou-me a ser um pouco mais pragmática, enquanto eu o ensinei a ser um pouco menos. Eu a confusão e tempestade em pessoa e ele a calmaria do mundo.Vai entender, até as nossas diferenças eram complementares. Em três anos, eu aprendi muita coisa. Aprendi a gostar de nomes de menina e de cor de rosa. Aprendi a ser mais calma, paciente, compreensiva, a ser colo, a ser parceira. Ele aflorou o melhor de mim, eu fui mais bondosa, mais caridosa, mais romântica, mais amiga, mais mulher. O Rodrigo ensinou-me a nunca desistir de quem não desistiu de nós, mesmo que isso tenha demorado uns tempos para entrar na minha cabeça. Hoje eu agradeço pelo Rodrigo existir, no meu coração e na minha vida. Os nossos corações ainda não esqueceram todas as mágoas, mas o amor SEMPRE vence. O amor, o companheirismo, a felicidade, a simplicidade e a transparência. O mais importante, ele faz-me feliz. Ele fica quando o resto do mundo vai embora, ele é a exceção mesmo quando a regra é ingrata. O Rodrigo é a minha doce e singela permanência. É o amor para a minha vida mesmo que a vida algum dia seja ingrata para nós. 
Parabéns mais uma vez e agora procura na caixinha das viagens.